Sim, brigadianos! A seção Academias do Sabre continua trazendo novos detalhes sobre as instituições de ensino que moldam os guerreiros e líderes do futuro. A cada edição, exploramos academias renomadas da Constelação do Sabre, destacando sua história, influência e o impacto que seus alunos terão no destino da Aliança Imperial. Hoje, nossa jornada nos levará ao planeta Forte Martim – lar da controversa, mas crescente, Academia das Lâminas Rubras.
A Academia das Lâminas Rubras é única na Constelação. Fundada pelo Barão Miguel Sabatini, ex-oficial da Brigada Ligeira Estelar e aliado da Princesa-Regente Adelaide D’Altoughia, desafia tradições e inimigos locais. Erguida no castelo de um traidor, é mais do que um centro de treinamento: é um símbolo de lealdade à Regência e um aviso aos opositores. Seu objetivo? Formar guerreiros para proteger Forte Martim e o legado imperial.
Diferente de academias tradicionais, as Lâminas Rubras aceitam alunos de qualquer origem ou gênero desde que provem seu valor. Como as lealdades e o discurso da Guarda Regencial Martinense são questionáveis, a solução é substituí-la gradualmente por pilotos com outra ideologia. Isso gerou rivalidade com a velha nobreza, mas seus cadetes seguem se destacando. Ainda assim, a academia resistirá à pressão política e à guerra iminente em Forte Martim?
Localização e Ambiente
A Academia das Lâminas Rubras fica no domínio de Mosteiro, entre as escarpas da Cordilheira das Lâminas Rubras. Suas montanhas avermelhadas formam uma barreira natural, isolando o campus… e reforçando seu caráter. O terreno árido, com desfiladeiros traiçoeiros e vales secos, impõe desafios diários. Treinar ali exige resistência desde o primeiro dia. Estratégica, a academia vigia possíveis ameaças nas fronteiras do domínio.
A academia ocupa o antigo castelo do Conde Barreiro de São Roque, confiscado após a queda dos insurrectos martinenses. Suas muralhas foram reforçadas. As torres viraram postos de vigia – e pátios, áreas de treino. Corredores de pedra fria conectam hangares e salas de simulação avançadas, unindo tradição e modernidade. Mais fortaleza que escola, deixa claro seu propósito: forjar soldados mas também forjar um caráter que a Guarda Regencial não tem.
Estrutura Acadêmica e Currículo
A Academia das Lâminas Rubras é mais do que uma academia paralela: é um projeto estratégico para moldar o futuro de Forte Martim. Seu currículo, aprovado pelo Barão Miguel Sabatini, forma não só guerreiros – mas oficiais leais à Regência, com visão estratégica e compromisso com o planeta. Aqui, não há neutralidade: os alunos aprendem a entender as forças que moldam a Constelação e a lutar por um Forte Martim forte, próspero e alinhado ao Império.
A Academia das Lâminas Rubras aceita qualquer aluno capaz – só incompetentes são descartados. Seu objetivo não é preservar castas, mas formar uma elite militar leal à Regência e ao Império, sem influência da velha aristocracia agrária do planeta ou de seu oficialato retrógrado. O ensino se baseia em três pilares: Combate, Pilotagem e Estratégia, preparando líderes aptos a atuar com eficiência tanto no campo de batalha quanto no cenário político.
Táticas, Combate e Doutrina Marcial
O treinamento de combate na Academia das Lâminas Rubras forja guerreiros adaptáveis, resistentes e prontos para lutar em qualquer cenário, sabendo muito bem pelo que lutam. Diferente das academias tradicionais, onde o combate segue rituais nobres e técnicas estilizadas, aqui a única regra é vencer. Cada técnica ensinada tem um propósito prático, seja eliminar um inimigo rapidamente, resistir sob pressão ou surpreender adversários em combate real.
- Treinamento de Esgrima e Luta Urbana: A esgrima não é para duelistas aqui – é assunto de vida ou morte! Além disso, os cadetes aprendem combate urbano e o uso de armas improvisadas para ataques rápidos e furtivos.
- Uso de Armas de Fogo e Guerra de Supressão: O foco está na precisão, na tática e no uso coordenado de armas em combate assimétrico. Os cadetes treinam desde tiros de precisão até uso de explosivos, aprendendo a operar tanto em grupos organizados quanto em células de guerrilha.
- Sobrevivência e Resistência Física: Cada cadete deve suportar exercícios exaustivos e simulações de combate contínuas. Resistência ao estresse, privação de sono e combate prolongado fazem parte da rotina – não há espaço para soldados que desmoronam sob pressão.
Pilotagem de Hussardos e Guerra Móvel
A academia não treina pilotos apenas para duelos ou combates convencionais, mas para operações de guerrilha, mobilidade extrema e ataques táticos. O foco aqui não é apenas pilotar, mas entender o papel de um hussardo na guerra moderna, adaptando suas táticas para diferentes cenários. Os cadetes aprendem a operar suas máquinas com velocidade, precisão e estratégia, garantindo a vantagem contra forças tradicionais… e o máximo impacto em um combate.
- Simuladores de Guerra Realística: Ao invés de simular batalhas clássicas, os alunos enfrentam cenários imprevisíveis, onde precisam tomar decisões estratégicas em segundos. Ataques surpresa, sabotagem e evacuações sob fogo inimigo fazem parte do programa.
- Manutenção e Personalização: Cada piloto aprende a reparar seu próprio hussardo, modificando-o conforme a necessidade da missão. O ideal é que o soldado e sua máquina sejam uma extensão um do outro, prontos para qualquer situação.
- Operações de Guerrilha com Hussardos: Diferente das formações militares rígidas, a doutrina da academia treina táticas de emboscada, movimentação rápida e ataques coordenados contra forças superiores, moldando pilotos prontos para cenários imprevisíveis.
Estratégia, Política e Formação Ideológica
A academia não forma apenas soldados, mas líderes alinhados à Princesa Regente. Os alunos aprendem que a guerra não se limita aos campos de batalha, mas envolve diplomacia, economia e a manutenção da ordem. Compreender o cenário político e social é essencial para antecipar conflitos e garantir a estabilidade de Forte Martim. Assim, cada cadete se torna não apenas um guerreiro, mas um estrategista, capaz de defender a Regência em todas as frentes.
- Táticas de Liderança e Gestão de Tropas: O comando exige mais que força – exige estratégia. Os cadetes aprendem a liderar unidades, tomar decisões sob pressão e gerenciar operações militares dentro e fora do campo de batalha.
- História Militar e Estratégia Política: Além de estudar campanhas do passado, os alunos analisam a guerra ideológica e a disputa pelo poder em Forte Martim, aprendendo a identificar inimigos não apenas no front, mas dentro da própria estrutura política planetária.
- Doutrina Regencial e o Papel do Império: A Regência de Adelaide D’Altoughia não é um projeto pessoal, mas um plano de reconstrução do planeta. Os cadetes são ensinados a enxergar seu papel como defensores desse futuro, não apenas como soldados, mas como agentes de uma mudança necessária.
Treinamento Complementar e Atividades Especiais
Além do currículo rigoroso, a Academia das Lâminas Rubras tem programas complementares que testam os limites físicos e mentais dos cadetes. Cada atividade aprimora habilidades essenciais para o combate real, fortalecendo a resiliência dos alunos. Aqui, não há espaço para teoria vazia – e cada exercício ensina técnicas que podem ser a diferença entre a vida e a morte no campo de batalha, preparando guerreiros para enfrentar qualquer ameaça mortal.
O Simulacro da Guerra
O Simulacro da Guerra é um dos desafios mais exaustivos da academia, simulando uma campanha militar completa. Os cadetes são divididos em grupos e enfrentam dias de sobrevivência sob condições hostis, lidando com emboscadas, racionamento de suprimentos e combate tático. Instrutores realizam ataques surpresa e adicionam variáveis inesperadas, testando resistência e liderança. Muitos terminam desmaiados ou feridos sem qualquer privilégio ou alívio.
Simulador de Operações de Combate Realista (SOCR)
Diferente dos simuladores tradicionais, um SOCR não apenas recria batalhas históricas, mas chicoteia os cadetes com cenários imprevisíveis como incursões, evacuações e combates urbanos. Seus sistemas avançados simulam não só controles e impactos de um robô hussardo, mas também fadiga, o peso dos equipamentos e efeitos psicológicos do combate. Cada erro é registrado e analisado, garantindo aprendizado antes de enfrentarem um campo de batalha real.
Circuito de Hussardos da Garganta Escarlate
Em um cânion profundo e traiçoeiro, conhecido como Garganta Escarlate, os cadetes treinam pilotagem em condições extremas. Diferente das academias nobres, onde duelos formais testam a precisão, aqui o foco é velocidade, adaptação e combate em terreno irregular. O circuito inclui quedas íngremes, passagens estreitas e obstáculos móveis, exigindo controle absoluto do hussardo. Para tornar tudo pior, instrutores adicionam drones armados ao percurso
Tradições e Atividades Extracurriculares
A Academia das Lâminas Rubras dispensa festividades e bailes diplomáticos, focando no fortalecimento da irmandade entre cadetes e na lealdade à Regência. Suas tradições reforçam o compromisso com a guerra e o dever, moldando guerreiros acima de cortesãos, e muitas dessas práticas são mantidas em segredo, longe dos olhos da nobreza tradicional de Forte Martim, garantindo que apenas os verdadeiramente comprometidos conheçam sua verdadeira essência.
- Os Três Juramentos: Antes de se formarem, os cadetes fazem três juramentos perante seus colegas e instrutores: um à Regência, um à Irmandade das Lâminas e um ao próprio sangue, simbolizando o compromisso com a causa e seus companheiros de batalha.
- Ritos de Sangue: Ferimentos durante treinamentos são comuns, mas em vez de serem vistos como falhas, são encarados como marcas de aprendizado. Os alunos que sofrem ferimentos graves em combate simulado recebem uma insígnia de ferro, um símbolo de sua resiliência.
- Confraria da Lâmina Oculta: Um grupo seleto de alunos veteranos participa de desafios secretos supervisionados pelos instrutores. Apenas os mais hábeis e leais são escolhidos, e seus objetivos variam entre infiltração, estratégia avançada e missões de sabotagem em treinos internos.
Treinamento com Hussardos e Competições Internas
Pilotar Hussardos, aqui, é uma habilidade essencial de guerra. O treinamento é árduo e pragmático, voltado para combates reais e missões de sobrevivência. Com alunos de diferentes origens, há menos formalidade, mais ênfase na competência individual e na capacidade de trabalhar em grupo sob pressão. O desempenho nos treinos define o respeito conquistado entre os colegas, e as competições internas são verdadeiros testes de resiliência e estratégia.
Duelos de Hussardos do Ferro e Sangue
Os Duelos do Ferro e Sangue são combates simulados onde cadetes se enfrentam uns aos outros sob regras muito rígidas. Hussardos registram impactos críticos, e a derrota significa falha mecânica simulada ou incapacitação. O diferencial? Não há regras fixas e formatos tradicionais: armadilhas, combate desigual e cenários imprevisíveis fazem parte do desafio. Não há honra de duelo, apenas vitória e aprendizado, e só os mais adaptáveis “sobrevivem”.
Expedição ao Abismo Carmesim
Uma vez ao ano, cadetes avançados enfrentam o Abismo Carmesim, um desfiladeiro traiçoeiro onde devem conduzir seus hussardos por um percurso muito brutal. Mais do que uma corrida, é um teste de resistência: além de completar o trajeto, esses jovens devem manter o controle da máquina, evitar emboscadas e lidar com falhas mecânicas simuladas. Apenas aqueles com domínio absoluto sobre seu hussardo cruzam a linha de chegada sem “morrer” no processo.
Desafio do Soldado Perdido
Inspirado em antigas campanhas militares, esse desafio coloca os cadetes numa missão de sobrevivência sem suporte. Abandonados em território hostil, eles devem retornar à academia… sem comunicação direta, sem mantimentos e sob patrulha de veteranos e instrutores. O teste exige furtividade, criatividade e instintos afiados, forjando habilidades essenciais de combate. Quem falha deve repetir o treinamento até provar que está pronto para sobreviver.
Missões de Campo e Operações Conjuntas
Diferente de academias que promovem bailes e eventos sociais, as Lâminas Rubras focam na integração militar real. Em vez de danças, cadetes participam de missões conjuntas, simulações de combate e treinamentos intensivos, preparando-se para operar no cenário da Constelação, em nome da Princesa Regente. O objetivo não é ensinar etiqueta, mas forjar soldados capazes de atuar sob qualquer circunstância – e leais à Regência, não a interesses alheios.
- Treinamento de Patrulha com a Brigada Ligeira Estelar: Cadetes avançados são enviados para operar sob supervisão de veteranos da Brigada, patrulhando territórios de risco e enfrentando ameaças reais, como insurgentes ou piratas. Esse exercício coloca os alunos em contato direto com o combate e serve como um teste crucial para sua formação.
- Operações Táticas com a Guarda Regencial: Para familiarizar os cadetes com a estrutura da Guarda Regencial de Forte Martim, missões conjuntas são realizadas, muitas vezes resultando em atritos entre as forças tradicionais e os alunos das Lâminas Rubras, que ainda não são plenamente aceitos entre o oficialato.
Parte do Corpo Docente
DOM MIGUEL SABATINI, FUNDADOR E INSTRUTOR HONORÁRIO
- Descrição: O próprio Barão de Mosteiro, Miguel Sabatini, não atua diretamente na administração da academia, mas sua presença paira sobre todos os aspectos do treinamento. Ex-oficial da Brigada Ligeira Estelar e veterano da reconquista de Forte Martim, o oficial hussardo que ele foi dita sua atitude, preferindo ação a discursos. Bem humorado, carismático e popular, sua história de batalhas vencidas fazem dele uma figura reverenciada entre os cadetes, que sabem que qualquer erro grave pode chegar aos ouvidos do barão. Embora raramente ministre aulas, ele ocasionalmente supervisiona exercícios de combate ou testagens táticas, deixando claro que as Lâminas Rubras não são um projeto distante, mas uma extensão de sua visão estratégica.
- Papel: Miguel Sabatini não se envolve com a burocracia da academia, deixando a administração para seus oficiais de confiança. No entanto, ele sempre acompanha a progressão dos melhores cadetes e seleciona pessoalmente alguns deles para integrar sua guarda pessoal ou ocupar posições estratégicas dentro da Guarda Regencial. O simples fato de ser observado por Miguel já é motivo de tensão e ambição entre os alunos, e os poucos que recebem sua orientação direta sabem que estão sendo moldados para algo maior.
- Conexões: Além de sua influência dentro de Forte Martim, Miguel mantém contato direto com a Brigada Ligeira Estelar e tem uma relação próxima (de acordo com as fofocas, até demais) com a Princesa-Regente Adelaide D’Altoughia. Sua academia não é apenas uma instituição militar paralela e regularizada – gradualmente, ela está se construindo como uma peça chave no equilíbrio de poder do planeta.
CAPITÃO LEANDRO DE ALMENDRA, DIRETOR DA ACADEMIA
- Descrição: Ex-aluno da primeira turma das Lâminas Rubras e hoje Comandante da Guarda do Domínio de Mosteiro, Leandro de Almendra é o responsável pelo treinamento e pela administração da academia. Ainda jovem (talvez demais para sua posição, mas se Dom Miguel confia nele…), mas já experiente em combate, ele personifica o espírito procurado pelos Sabatini: pragmático, feroz e leal à Regência. Sua presença é respeitada, embora alguns instrutores veteranos questionem se um comandante tão novo tem o necessário para manter o controle da academia no longo prazo.
- Papel: Como diretor, Leandro supervisiona o treinamento dos cadetes e mantém a disciplina na academia. Ele é conhecido por não tolerar insubordinação e por fazer questão de que todos os alunos conheçam o campo de batalha antes da formatura – nem que seja em uma patrulha real. Seu foco não está em política ou cerimônias, mas sim em eficiência militar. Se um cadete não pode contribuir para a guerra, então ele está desperdiçando espaço.
- Conexões: Apesar da juventude, Leandro tem o respeito de Miguel Sabatini, o aval da Princesa Regente e a confiança e dos oficiais da Guarda de Mosteiro. Ele também mantém contato com mercenários e estrategistas independentes, trazendo novas táticas para o currículo da academia. No entanto, seu nome ainda não é plenamente reconhecido pelos altos círculos militares de Forte Martim, e alguns comandantes tradicionais não o veem como uma verdadeira autoridade.
INSTRUTORA GLÁDIS VARELLA, INSTRUTORA DE COMBATE
- Descrição: Veterana de inúmeras campanhas, Gládis Varella foi mercenária, piloto de hussardo e estrategista de guerrilha antes de se estabelecer na academia. Alta, com feições marcadas por cicatrizes e um olhar frio, ela impõe respeito apenas com sua presença. Diferente de instrutores tradicionais, Gládis não vê honra no combate – apenas eficiência. Seu lema é simples: “se você pode lutar de forma limpa e vencer, faça. Se não puder, lute sujo e vença do mesmo jeito.”
- Papel: Como responsável pelo treinamento de combate corpo a corpo e táticas de guerrilha, Gládis ensina os cadetes a lutarem com qualquer coisa ao alcance, desde lâminas até as próprias mãos. Ele acredita que a guerra não premia os mais nobres, mas os mais preparados. Suas aulas incluem desde técnicas de sobrevivência urbana até métodos brutais de combate próximo, e seus alunos costumam sair de seus treinamentos exaustos, cobertos de cortes e hematomas – os sortudos, pelo menos.
- Conexões: Gládis tem contatos no submundo militar e entre mercenários da Constelação do Sabre. Ela não fala muito sobre seu passado, mas rumores indicam que já trabalhou para exércitos insurgentes antes de se aliar a Miguel Sabatini, de que talvez esse seja um nome falso e de que ela até foi uma das insurrectas de Uziel sob o comando de Yetta Garra de Ferro (embora ela não tenha nenhum sinal de ter vindo de lá, nem mesmo atos falhos de sotaque). Isso gera suspeitas sobre sua real lealdade, mas até agora ela provou ser uma instrutora valiosa demais para ser descartada.
INSTRUTOR MELQUIADES “VELHA TOCAIA”, TREINAMENTO DE OPERAÇÕES SECRETAS
- Descrição: Pouco se sabe sobre a origem de Melquiades, mas os alunos o chamam de “Velha Tocaia”, um apelido que ele aceita com um sorriso irônico. Um homem de idade avançada, com pele marcada pelo tempo e olhos sempre atentos, ele não tem a postura imponente dos outros instrutores – mas isso não o torna menos temido. Antigo agente de inteligência, ele ensina os cadetes a se moverem sem serem detectados, a coletar informações e a desestabilizar o inimigo antes mesmo de um confronto direto.
- Papel: Suas aulas são focadas em furtividade, infiltração e guerra psicológica. Ele ensina seus alunos a observar, a manipular e a atacar nos momentos certos. Diferente dos instrutores que valorizam a força bruta, Melquiades acredita que um verdadeiro guerreiro das Lâminas Rubras deve saber quando lutar e quando desaparecer nas sombras.
- Conexões: Ele possui laços com informantes e antigos agentes da Regência. Alguns cadetes suspeitam que ele ainda mantenha contato com redes clandestinas, mas ninguém tem provas. O próprio Miguel Sabatini nunca expressou preocupação com essas suspeitas – e se o barão não se preocupa, quem ousaria questionar?
ENGENHEIRO PLÁCIDO GONÇALVO, LABORATÓRIO DE HUSSARDOS
- Descrição: Baixo, atarracado, hirsuto, calvo e sempre coberto de graxa, Plácido Gonçalvo não tem paciência para quem não entende a importância da manutenção de um hussardo. Sua oficina é um verdadeiro campo de batalha, onde peças voam e ferramentas são arremessadas se um aluno fizer algo estúpido. Filho de mecânicos espaciais, ela cresceu desmontando e remontando maquinário de guerra e hoje ensina os cadetes a manterem seus hussardos funcionando mesmo sob fogo inimigo.
- Papel: Plácido é o responsável pelos laboratórios de engenharia, onde os alunos aprendem desde os conceitos básicos de manutenção até a customização avançada de suas máquinas. Ele exige que todos os cadetes saibam consertar seus próprios hussardos antes da formatura, acreditando que depender de terceiros para isso é um luxo que não se pode ter em guerra.
- Conexões: Plácido mantém contato com engenheiros de diferentes mundos da Constelação e tem acesso a peças e tecnologias raras que dificilmente chegariam a Forte Martim por meios oficiais. Muitos acreditam que ele tem ligações com contrabandistas – mas se for verdade, ninguém ousa perguntar.
Tradições e Cerimônias de Honra
Embora a academia seja relativamente nova, suas tradições estão se solidificando rapidamente, baseadas no espírito guerreiro de seus fundadores e na lealdade inquestionável à Regência. Esses ritos não apenas reforçam a identidade dos cadetes regenciais, mas também os preparam para o peso das decisões que terão de tomar em nome de suas causas… e tem causado desconfiança nos opositores da Princesa-Regente: que tipo de hussardos eles estão formando?
- Ritual da Lâmina Rubra: No final do primeiro ano, cada cadete recebe um punhal de lâmina vermelha, simbolizando seu compromisso com a academia e com a Regência. Esse punhal deve ser mantido sempre consigo, e sua perda é considerada uma vergonha, exigindo uma difícil prova de redenção para recuperar a honra.
- Cerimônia do Voto de Sangue: Ao se formar, o cadete pode oficialmente escolher entre dois caminhos: integrar a Guarda Regencial de Forte Martim ou se unir ao Corpo de Guarda do Domínio de Mosteiro. A cerimônia envolve um juramento feito diante da bandeira da academia, e aqueles que juram lealdade à Regência selam seu voto com uma gota de sangue sobre a insígnia das Lâminas Rubras.
- A Vigília dos Condottieri: Apenas os mais promissores enfrentam essa tradição. Passam uma noite em silêncio absoluto nas ruínas do castelo do Conde Barreiro de São Roque, sem armas, sem luz e sem companhia. Não há supervisão ou proteção. Quem cede ao medo ou ao tédio falha. Quem aguenta até o amanhecer emerge um guerreiro completo.
Comportamento dos Alunos
Apesar das rivalidades, lealdade é inegociável aqui. Trair colegas ou agir sem honra leva ao ostracismo, algo pior do que qualquer derrota. Os cadetes formam alianças nos grupos de treinamento por saberem que, no campo de batalha real, só sobreviverão se confiarem uns nos outros. A academia não treina guerreiros individuais, mas esquadrões prontos para lutar unidos, sem hesitação. Há um esforço enorme em se inculcar senso de coletivo nos cadetes.
Para piorar, há rusgas entre quem almeja a Guarda Regencial e quem prefere seguir carreira no Corpo de Guarda de Mosteiro. Muitos sabem que, por mais que se destaquem, serão rejeitados pelo oficialato da Guarda Regencial, que não os vê como pilotos regenciais. Isso cria uma disputa ainda mais feroz dentro da academia: cada cadete precisa lutar não apenas contra os desafios dos instrutores, mas também contra o preconceito e as barreiras políticas.
Provas de Coragem e Bravatas
Se em outras academias os duelos seguem rituais formais, nas Lâminas Rubras os desafios são brutais e sem cerimônias. Os cadetes criaram tradições próprias, incluindo disputas secretas entre grupos rivais, onde o único critério é sobrevivência e vitória. Testes de resistência, combates clandestinos e missões não oficiais são parte da rotina. Não basta ser forte: é preciso provar isso a cada dia. E os professores tendem a fechar um olho para isso.
Mas por que os instrutores fazem vista grossa para algo que pode acabar tão mal? Porque acreditam que formam cadetes mais resistentes e criam laços de confiança inquebrantáveis. No entanto, quando um desafio sai do controle (o que acontece com frequência), os envolvidos costumam encarar punições nada brandas. Nesse sentido eles não são tão diferentes assim da Brigada, com sua mentalidade de “se der resultados, qual é o sentido da punição afinal?
Regulamentação e Controle
A Academia das Lâminas Rubras não incentiva segregação entre gêneros, mas também não tolera distrações que comprometam o desempenho dos cadetes. Assim, relacionamentos de todos os tipos são vistos como uma questão pessoal, desde que não interfiram nos treinamentos ou na disciplina militar. Na prática, a abordagem do local é surpreendentemente mais pragmática do que em outras academias, as regras são poucas… e, na verdade, nem são tão duras assim.
- Relacionamentos são permitidos, mas não podem afetar o desempenho. Qualquer desvio que comprometa o treinamento leva a punições.
- Fraternização entre superiores e subordinados é desaconselhada para evitar favoritismo ou abusos de autoridade.
- Duelos e disputas por questões pessoais são coibidos, mas conflitos podem ser resolvidos por meio de desafios formais de combate dentro das regras da academia.
A doutrinação enfatiza que cada cadete existe para servir a Forte Martim e ao Império antes de qualquer coisa, mas o que vier depois… pouco importa. As relações interpessoais devem reforçar laços de camaradagem e confiança no combate, sem criar divisões baseadas em interesses românticos nem rivalidades pessoais. Qualquer um a demonstrar fraqueza ou negligência por conta de envolvimento pessoal pode ser desclassificado de exercícios ou rebaixado.
O conceito de “irmandade de armas” é enfatizado, fazendo envolvimentos românticos serem vistos como secundários à lealdade ao grupo, mas há locais discretos dentro da academia e a enfermaria está sempre disponível tanto para a prevenção quanto para a resolução de problemas, por assim dizer. Casais que trabalham bem juntos podem ser aproveitados em missões duplas, mas qualquer sinal de comprometimento tático leva à separação imediata das funções.
No final, a Academia das Lâminas Rubras encara as relações entre cadetes com pragmatismo e controle, sem proibi-las rigidamente, mas garantindo que nunca comprometam a missão principal: formar operativos leais, disciplinados e prontos para defender a Regência. Em um ambiente tão competitivo, só aqueles que conseguem equilibrar vida pessoal e dever conseguem se destacar – e qualquer um que falhe nesse equilíbrio pode ser descartado, sem hesitação.
Cada cadete que sobrevive ao treinamento sai pronto para lutar em qualquer cenário e enfrentar qualquer desafio. Alguns seguirão para a Guarda Regencial, outros ficarão em Mosteiro, e alguns poucos encontrarão seu próprio caminho, até mesmo juntando-se à Brigada Ligeira Estelar. O futuro de cada aluno é incerto, mas de uma coisa todos sabem: uma vez que alguém sobrevive às Lâminas Rubras, nunca mais volta a ser o mesmo.
Até a próxima. Divirtam-se.
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Este foi com certeza um dos melhores artigos já escritos por Blog e qualifica Forte Martim em um nível á mais.