Aventuras Submarinas: Construções

Toda boa space opera precisa apresentar variedade e um certo… encantamento em seus diferentes sub-cenários. É uma questão de imersão e de envolvimento — e também de levar seus leitores/espectadores para outros recantos de sua imaginação. E como tal, Brigada Ligeira Estelar introduz locais bem variados, às vezes dentro do mesmo planeta. Pensem em Ottokar, parte mundo pós-apocalíptico (na Zona Devastada) e parte aventura exótica (em outras partes).

Mas e sob o oceano? Essa é uma constante na ficção científica, desde o velho desenho setentista Laboratório Submarino 2020 (e podem perceber: ele era um desenho de ficção científica hard!), da Hanna-Barbera, ou séries como o hoje esquecido Sea Quest (uma espécie de Jornada nas Estrelas subaquático). Mas curiosamente, nunca foi tão explorada em séries animadas nipônicas, ainda mais em robôs gigantes. No máximo tivemos momentos submarinos pontuais.

Eu já percebia isso muito antes de escrever o Brigada e desde o começo, eu sabia: um dos meus mundos será um oceano cheio de ilhas, mas aberto a aventuras submarinas. Calhou apenas de eu jogar monstros nele quando estava desenvolvendo o cenário (Inara era um bom lugar para isso, por que não?) e tudo a contento. Mesmo assim, o aspecto de exploração subaquática pode acontecer em qualquer mundo com oceanos… e sem água não há como se ter vida, ponto.

Imagem genérica de água para ilustrar
nada em especial. Prossigamos.

Então, sem mais delongas, vamos partir logo para o oceano… um cenário à seu modo tão potencialmente hostil quanto o próprio espaço sideral. Nesses ambientes, você não pode facilitar. Um vazamento pode custar a vida de centenas, talvez milhares de pessoas, mais adiante. No entanto, eles representam desafios diferentes: no oceano, você pode contar com pressões monstruosas sobre suas cabeças — e é preciso construir estruturas capazes de suportá-las.

Mas antes, um disclaimer: boa parte das ideias aqui vieram do RPG francês Polaris: the Roleplaying Game, e aliás, é um RPG muito bom. Se passa em um ambiente pós-apocalíptico e vale a pena correr atrás. Dentro desse contexto, podemos pensar em vários tipos de instalações subaquáticas. E por conta das pressões, a grande maioria delas nunca vai exceder mais de mil metros de profundidade, embora possam haver estações a mais de 4000 metros no máximo.

Viver em cidades submersas como esta, ou em cidades-parede,
é viver em um lugar fechado. Esteja devidamente avisado.
Ilhas flutuantes têm a vantagem de estar na superfície, mas
é preciso cortar um dobrado para mantê-la no seu lugar.
Vá saber o que você pode encontrar lá embaixo, com ou sem
robôs gigantes. É preciso proteger suas bases e construções.

Existem outros, como estações de superfície (a 500 metros de profundidade, sem exigência de pressurização) e estações abissais (próximos aos 4000 metros de profundidade), mas essas são casos especiais e não se prestam muito à construção de grandes cidades, funcionando melhor como bases para fins específicos. Feito isso, é preciso pensar em como proteger esses lugares, ameaçados por monstros marinhos, terroristas e outras ameaças com regularidade.

Mas não se preocupem, nos focaremos nisso na próxima semana, com regras para o 3DeT Victory e mais foco nos nossos robôs gigantes — e monstros, porque eles não podem faltar. É isso ou fazer desse texto uma coisa imensa. De resto, deixo um comentário: a pressão do mar conta MUITO aqui. E vai fazer uma diferença enorme para uma eventual campanha subaquática. 

Até a próxima, divirtam-se — e por via das dúvidas, levem seu protetor solar. Eu recomendo.

DISCLAIMER: imagem do topo do jogo Surviving the Abyss, da Rocket Flair Studios, Paradox Arc e Paradox Interactive. Laboratório Submarino (Sealab 2020) pertence à Warner Bros. Inc.; Suisei no Gargantia pertence à Production I.G, Inc. Stargate: Atlantis pertence a Acme Shark Productions, MGM Worldwide Television Distribution e Sony Pictures Television, baseado nos conceitos originais de Roland Emmerich e Dean Devlin.

Imagens apenas para fins jornalísticos e divulgacionais.

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