Talvez a maior força motriz da humanidade seja aquilo, amiguinhos. E isso não inclui apenas o praticado, mas aquele presente em nossa cabeça, com todas as suas variáveis impossíveis. Mas em um contexto aonde as criações mais perigosas podem ganhar vida através da engenharia genética, o fetichismo pode falar muito, muito alto. Assim, em algum ponto dos primeiros séculos do grande vazio e com muita animação japonesa na cabeça, alguém deu chance às…
Garotas-Gato (Nekomimi em Japonês, Catgirl em inglês)! Naqueles tempos, com a expansão humana no espaço, as antigas Leis Mundiais da Bioética — voltadas ao controle da biotecnologia no antigo planeta Terra — perderam sua força sob novas jurisdições. E com isso, muita… besteira foi feita por quem tinha um fetiche bizarro por mulheres com orelhas de gatinho, caudas e vozes irritantemente finas com cacoetes verbais “felinos” (“Perrfeito!”“Nyaaaa!”)!
Como todas as decisões estúpidas movidas por fetichistas com dinheiro demais à disposição, aparentemente isso deu muito, MUITO errado — se tornando apenas mais uma menção distante dos tempos do Grande Vazio. Entretanto, por algum motivo misterioso, elas começaram a dar sinais de reaparecimento na Constelação do Sabre, descumprindo todas as leis Bioéticas no Império. Alguém está espalhando essa praga de volta e a sua cabeça deveria estar a prêmio!
Alguns registros históricos sobre seu comportamento podem ser encontrados*. No entanto, eles podem variar de acordo com a acuracidade — há quem registre sua esterilidade, ou a inexistência de rapazes-gato (aparentemente, eles não tinham interesse por fêmeas de nenhum tipo e isso os levou a um beco evolutivo sem saída), ou até uma reprodução limitada, gerando apenas outras garotas-gato. O pior problema, porém, é o seu… comportamento incontrolável.
Embora algumas garotas-gato tragam consigo uma atitude infantil e tendam a ser curiosas, mexendo aonde não deveriam. No entanto, elas são inteligentes, devotadas ao “dono” — assim como um animal de companhia — e sendo ensinadas, podem ser bem úteis. Dependendo do campo de trabalho, podem ser o melhor e mais leal aliado. Porém, essa devoção envolve marcação de território e, no seu entender, um “dono” pertence a ela tanto quanto ela pertence a ele.
Mas como elas tem se infiltrado na sociedade constelar? Aparentemente, elas escolhem um homem solteiro, heterossexual, de boa índole, disponível e morando sozinho, se valendo de artifícios como aparecer sem roupas no interior de uma caixa de papelão grande. Quando ele se der conta, ela já estará instalada em sua casa e ligada demais ao seu “mestre”, muito como os animais de companhia… e seguindo-o para todos os cantos, mesmo em uma nave espacial.
De onde elas tem vindo, ninguém sabe — nem elas. E provavelmente a culpa é novamente de algum fetichista com dinheiro para queimar… e uma ideia de jerico na cabeça, pronto para espalhá-las pelo universo mais uma vez. Mas elas ainda existem, mostram inteligência e até por questões de bioética, devem ser tratadas como seres sencientes de acordo com a legislação imperial, tendo esses jovens saudáveis e solteiros como seus tutores de agora em diante.
Cautela, entretanto: aonde há uma garota-gato, outra e mais outra podem surgir quando o tutor menos notar.
VANTAGEM ÚNICA: GAROTAS-GATO
Pré-Requisitos: Alpinismo e Parkour (de Esportes). Devoção. Apenas mulheres.
Garras. Garotas-Gato tem traços felinos e um bônus de +1 em um ataque com as próprias mãos, baseado em F.
Pique Físico. Garotas-Gato tem direito a fazer testes de corrida como se tivessem essa perícia. Caso a tenham, ganham um bônus de +2 nas rolagens de dado.
Cair de Pé. Assim como os gatos, Garotas-Gato tem uma capacidade de subir em lugares altos e descer da maioria deles em saltos, de forma segura. Nas quedas, uma Garota-Gato tem um direito ao crítico automático na hora de chegar ao solo. O mestre tem direito a julgar quais são as exceções: se uma Garota-Gato for jogada de um prédio de quinze andares por exemplo, suas chances de sobreviver a isso, ou chegar ileso, são minúsculas!
Por fim, um aviso: há a possibilidade das garotas-gato terem sido criadas como um substitutivo biotecnológico para as ginóides após o Grande Iconoclasmo — e claro, isso se revelou uma ideia pavorosa. Até porque elas não tem o mesmo equilíbrio emocional destas e, não à toa, sua criação irrestrita aparentemente foi combatida e rapidamente desapareceu do mapa. Talvez seja melhor fazer o mesmo… antes do NYAAAA se tornar um som onipresente no império!
Divirtam-se, se puderem!
Ah, sim, só para não deixar dúvidas…
PRIMEIRO DE ABRIL, PESSOAL!
Vocês não acreditavam mesmo que essa tralha seria oficializada, acreditavam? Realmente precisei atrasar em um dia a postagem, mas depois de tantas brincadeiras na data aonde eu procurava enganar a todos com um trote mais plausível, decidi abraçar uma ideia impossível de se levar a sério. Por favor, não pensem em uma versão oficial disso — já bastam as Academias do Sabre.
Até a próxima!
* Como o infame Catgirls for Domestic Ownership, facilmente encontrável na internet. Não daremos o seu link porque esse texto é absolutamente recomendado para leitores adultos — tem conteúdo sexual e pode ser extremamente ofensivo para as sensibilidades atuais. Feito esse alerta, nós não nos responsabilizamos de forma alguma por quem o procurar.
DISCLAIMER: Vision of Escaflowne pertence à Sunrise, Inc.; Sword Art Online pertence à Reki Kawahara (via A-1 Pictures); Outlaw Star pertence à Takehiko Itō (via Sunrise, Inc.); Imagens para fins jornalísticos e divulgacionais.
Realmente, uma notícia desse calibre derruba qualquer pauta da coluna. O atraso foi justificado em trazer essa incrível descober… digo, essa alarmante calamidade à público. As autoridades do Sabre precisam agir agora (só não vão mandar os alferes de 15 anos pra resolver, ou a coisa só vai piorar).
Na habilidade Pique Físico, não devia ser “Garotas-Gato tem direito a fazer testes de corrida como se tivessem a perícia” ao invés de “Garotas-Gato tem direito a fazer testes de corrida como se não tivessem”?
Bom ponto. Corrigido agora.
Ginóides com cérebro de gato para todos os propósitos culturais são uma categoria a parte?
Com certeza, mas também são uma péssima ideia… 😀
Podia ser pior, podia ser um mecha com cérebro de gato para todos os propósitos culturais.